Marcado para abril de 2016 o primeiro Congresso da
Federação das Sociedades Médicas de Língua Portuguesa
Nações de língua portuguesa enfrentam desafios cardiológicos semelhantes
A recém-criada Federação das Sociedades
Médicas de Língua Portuguesa marcou para
abril de 2016 o primeiro Congresso de
Cardiologia dos Países da Lusofonia, isto é, dos
países de língua portuguesa que englobam,
além do Brasil e Portugal, Moçambique,
Angola, Cabo Verde, Timor Leste, São Tomé e
Príncipe e Guiné-Bissau.
Os integrantes da Federação, que foi criada
em março último, reuniram-se durante o
Congresso da Sociedade Portuguesa de
Cardiologia e marcaram o evento, ao mesmo
tempo que aceitaram como membros plenos
Angola e Moçambique. Os demais países
devem associar-se à Federação proximamente.
Da reunião participou o vice-presidente da
SBC, Sérgio Montenegro, que explica ter sido
decidido que Brasil e Portugal vão fazer uma
contribuição financeira para a nova instituição,
da ordem de cinco mil euros cada um, para
ajudar a consolidar a Federação.
Identidade
Montenegro conta que a proposta é de que, aos
poucos, todos os países da Lusofonia se integrem
à Federação. Os contatos e trabalhos conjuntos
desenvolvidos nos anos recentes mostraram que,
além da identidade linguística, que facilita o
intercâmbio de ideias, os demais países de língua
portuguesa enfrentam os mesmos problemas
cardiovasculares que Brasil e Portugal. Em alguns
casos, vivem hoje a situação e dificuldades que o
Brasil enfrentou e venceu há uma década.
"É o caso da dificuldade em montar uma
infraestrutura suficiente para atender à demanda
de cirurgias cardiovasculares", diz Sérgio
Montenegro. "Nesse aspecto e em muitos
outros, Portugal e Brasil poderão ajudar muito os
países irmãos". Também será muito importante
a participação dos cardiologistas lusófonos nos
congressos do Brasil e de Portugal, que também
ajudarão a transmitir o conhecimento e a
promover a educação continuada nos demais
países que falam a língua de Camões.
Fonte: Jornal SBC 153 · Abril · 2015