SBC influi na formulação das políticas de saúde
por meio da Diretoria de Relações Governamentais
Diretor Luiz Scala e membros da Diretoria já se reuniram com os ministros Aldo
Rebelo, Artur Chioro, Eleonora Menicucci e com lideranças do Congresso
A possibilidade de o programa TECA ser usado
para o treinamento do pessoal de Saúde envolvido na Olimpíada do
Rio, a melhoria do atendimento das emergências cardiovasculares,
dos casos de fibrilação atrial e insuficiência cardíaca nos
hospitais brasileiros e a criação de um sistema de prevenção
cardiovascular para a mulher brasileira são três temas que a SBC
levou aos ministros do governo federal e que certamente vão
repercutir positivamente na desejada redução da morbidade e da
mortalidade cardiovascular.
Esse trabalho, que chega ao leigo por influência da SBC, como a
decisão da oferta maciça de antihipertensivos em todos os postos
de Saúde ou da disponibilização de trombolíticos pelo SUS, é
missão da Diretoria de Relações Governamentais, dirigida por
Luiz César Nazário Scala, em sintonia com a coordenadora de
Integração Governamental da SBC/DF, Edna Marques, que também é
coordenadora geral da Cardiologia da SES/DF.
Apoio técnico
A proposta de Scala é levar os subsídios da
SBC, representado pelo conhecimento prático
de seus 14 mil associados, para as autoridades
governamentais que, por vezes, tem intenção
de intervir em determinado problema, mas sem
o conhecimento do que ocorre efetivamente na
ponta de atendimento, nos consultórios, prontossocorros
e postos de Saúde.
Exemplo desse trabalho foi o importante
encontro entre Scala e diretores da SBC
e a ministra Eleonora Menicucci, que se
impressionou ao saber que as mulheres têm sete
vezes mais chances de ter um AVC ou infarto
do miocárdio do que o câncer de útero ou de
mama. A ministra foi especialmente sensível à
apresentação do Departamento da Mulher da
SBC, pois já teve problemas cardiovasculares.
O resultado do encontro deverá oferecer
subsídios para uma ampla campanha nacional
de educação em saúde que leve a mulher a
fazer a prevenção das doenças do coração com
a mesma frequência e cuidado com que faz a
mamografia ou o Papanicolau para a prevenção,
respectivamente, do câncer de mama e de útero.
Ciência, Tecnologia e Saúde
Já no Ministério da Ciência e Tecnologia,
Scala esclarece que o ministro Aldo Rebelo
reconheceu e saudou entusiasticamente o
emprego dos cursos TECA como um verdadeiro
produto de inovação tecnológica da SBC, no
treinamento das equipes de saúde e de leigos
que estarão envolvidos nas Olimpíadas de
2016. Mas também junto ao ministro Artur
Chioro, da Saúde, o trabalho da Diretoria de
Relações Governamentais foi muito positivo,
pois em contatos sucessivos foi apresentada
a proposta de implantação de um programa
de qualidade assistencial mais ambicioso nos
hospitais brasileiros.
Tendo em vista os resultados alcançados pelo programa da AHA nos
Estados Unidos, que reduziram morbidade e mortalidade por
doenças cardiovasculares, a ação proposta pela SBC/AHA levará à
execução de um projeto piloto integrado de atendimento a infarto
do miocárdio, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e outras
arritmias, em aproximadamente doze hospitais públicos
brasileiros.
Papel da SBC
Trata-se do passo inicial de um processo
mais amplo de capilarização desse modelo
de atendimento de “boas práticas clínicas
baseadas em Diretrizes”, em nível nacional.
“É evidente que as Diretrizes terão que sofrer
alguma adaptação, como incluírem as drogas
disponíveis na rede SUS. Reforçar o papel
institucional de todos os segmentos da SBC junto
aos órgãos públicos e financiadores da saúde
é uma das principais missões da Diretoria de
Relações Governamentais”, explica Scala. “As
credenciais acadêmicas, políticas e operacionais
acumuladas em mais de setenta anos legitimam
a SBC como uma instância capaz de articular
as demandas cardiovasculares da população,
junto ao poder público constituído. Seria
injusto privar a população de ser contemplada
por esses subsídios, e não oferecê-los a quem
formula a Saúde Pública brasileira”, conclui.
Fonte: Jornal SBC 154 · Maio · 2015