SBC participa de Oficina Piloto para o tratamento da Doença de Chagas promovida pelo Ministério da Saúde
A Diretoria do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde promoveu, em 10 de julho, na Fundação Oswaldo Cruz, no Campus Universitário Darcy Ribeiro, em Brasília, um amplo debate sobre a atenção primária em saúde para Doença de Chagas. O evento reuniu especialistas para discutir a implantação de teste rápido e tratamento com tempo reduzido com Benznidazol.
No mundo todo estima-se que mais de 10 mil pessoas morram todos os anos pelas consequências da Doença de Chagas e, aproximadamente, 6 milhões estejam infectadas na América Latina. No Brasil, as perdas mortes prematuras e falta de produtividade por trabalhadores incapacitados chegam a US$ 5,6 milhões por ano e cerca de três milhões de pessoas estão infectadas.
Nos últimos 15 anos, apesar do Brasil ter recebido certificado internacional de interrupção de transmissão da doença pela picada do barbeiro, registrou-se um aumento da disseminação pela ingestão de alimentos contaminados, principalmente na região Amazônica. O Ministério da Saúde decidiu ampliar as discussões para aquisição e aplicação de testes rápidos, já liberados pela Anvisa, para detectar ou descartar a doença, além da avaliação de novos esquemas terapêuticos, como o Benznidazol.
O diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular, Fernando Costa, representou a SBC na Oficina Piloto do Ministério da Saúde e ressaltou a importância das discussões: “a presença da Cardiologia é essencial nesse debate já que a Doença de Chagas têm inúmeras consequências cardiovasculares, como Insuficiência Cardíaca, Arritmias, Cardiomiopatia, entre outras”, afirmou após encontro.