ONA chancela os cursos TECA da SBC
A Organização Nacional de Acreditação – ONA – entidade não governamental e sem fins lucrativos, fundada em 1999, que certifica a qualidade de serviços de saúde no Brasil com foco na segurança do paciente, acaba de reconhecer e chancelar os cursos TECA ‘A’ e ‘B’. Segundo a ONA, eles são os únicos inteiramente validados por especialistas brasileiros, considerando as especificidades do país.
“A chancela da ONA confere ainda mais legitimação ao esforço da SBC na construção de um sistema de saúde eficiente com as necessidades do Brasil. Estamos muito contentes com mais esse reconhecimento, além de tantos outros já obtidos”, afirmou o coordenador do Comitê de Treinamento em Emergências Cardiovasculares da SBC, Sérgio Timerman.
A decisão foi comunicada em reunião realizada na sede da SBC, em São Paulo, em 9 de outubro, com a presença do superintendente Técnico da ONA, Péricles Góes da Cruz, e da gerente de Educação da ONA, Gilvane Lolato. Pela SBC, estavam no encontro, a integrante do Comitê de Treinamento em Emergências Cardiovasculares, Thatiane Facholi, a gerente comercial e projetos sociais, Mara Carreira, e os analistas do Centro de Treinamento de Cursos da SBC, Elisangela Garcia e Vitor Zago.
Além da teoria, os cursos TECA tem uma parte prática, aulas que são ministradas com a utilização de manequins eletrônicos de tamanho natural que tem ‘pulso’ e podem ‘sofrer’ infarto e parada cardíaca. Assim os alunos aprendem a diagnosticar o problema e fazer a massagem ressuscitadora, à qual o manequim reage, ‘sobrevivendo’, ou evoluindo para ‘óbito’, se o procedimento for mal aplicado. “Os profissionais saem do curso capacitados a diagnosticar o que aconteceu com a pessoa que passa mal”, explicou Sérgio Timerman.
Os cursos TECA foram desenvolvidos em duas modalidades, o TECA A, de ‘Avançado’, para médicos e enfermeiros e o TECA B, de ‘Básico’, que pode ser feito pelos demais profissionais da área da saúde. “Esperamos que seja possível ter nos escritórios, restaurantes, nos shoppings centers, pessoas treinadas a fazerem o atendimento inicial e a manterem a vida do paciente nos minutos cruciais que são necessários para que a equipe especializada chegue”, lembrou o coordenador do Comitê de Treinamento em Emergências Cardiovasculares.
O número de vidas perdidas por parada cardiorrespiratória é enorme, inclusive nos hospitais brasileiros, apesar de poucos estudos a respeito no país que poderiam constatar um quadro ainda mais grave. Segundo dados da SBC, são 720 eventos por dia no Brasil e a chegada num pronto socorro é uma verdadeira corrida entre a vida e a morte. “A cada minuto sem atendimento, uma pessoa com parada cardíaca perde 10% de chance de sobreviver.
Precisamos investir em treinamento profissional e da população. Assim como existem pessoas treinadas para uma situação de incêndio, elas também precisam saber como realizar as primeiras manobras até a chegada do atendimento especializado”, defendeu Timerman.