MINISTÉRIO DA
SAÚDE E SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA SE UNEM PARA REDUZIR
MORTALIDADE
Um termo de cooperação cujo objetivo final é
reduzir drasticamente o total de 300 mil mortes anuais por
problemas cardiovasculares foi assinado ontem (3 de setembro)
entre o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de
Cardiologia.
A assinatura foi no próprio ministério e a conseqüência
imediata, segundo o presidente da SBC, Antonio Carlos Palandri
Chagas, é que as políticas de Saúde Pública para reduzir os
fatores de risco das moléstias cardíacas e a definição do tipo
de tratamento e das ações a serem tomadas para recuperar os
cardiopatas passam a ter o respaldo científico da entidade.
Para Chagas, é gratificante verificar que o próprio ministério
reconhece a importância científica da SBC, a ponto de incluí-la
como interface no trabalho de desenhar a política pública para o
setor, mas “é mais gratificante ainda saber que o termo de
cooperação ora assinado vai beneficiar centenas de milhares de
pessoas que, graças a esse trabalho conjunto, terão menor risco
de sofrer problemas cardíacos e maior possibilidade de
recuperação, caso já sejam cardiopatas”.
Epidemia
O documento assinado leva em conta que as doenças
cardiovasculares já se tornaram verdadeira epidemia no país,
responsáveis que são por elevado índice de morbi-mortalidade,
uma vez que mais de 30% dos óbitos no Brasil têm essas moléstias
como causa, além de serem importante fator de incapacitação, de
perda de produtividade e de qualidade de vida.
O texto reconhece “a necessidade de aprimorar as estratégias
para a promoção da saúde cardiovascular”, e leva em conta várias
necessidades, a prevenção dessas moléstias, o diagnóstico
precoce, o tratamento e a reabilitação.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia, que é porta-voz de quase
12 mil cardiologistas de todos os Estados do Brasil, é a
entidade capaz tanto de indicar as propostas mais adequadas e
eficazes para o atendimento das cardiopatias, como também se
empenha na qualificação de profissionais de saúde para a
adequada abordagem das doenças cardiovasculares.
Ainda segundo o documento, a parceria entre o ministério e a SBC
deve levar ao “aperfeiçoamento da política de atenção em
cardiologia em todos os níveis de atenção do SUS”, para o que
serão elaborados protocolos técnicos científicos, elaborados
manuais sobre as doenças tanto para os profissionais da Saúde
como, em linguagem adequada, para a clientela do SUS.
O ministério e a SBC também trabalharão em conjunto para
“desenvolver campanhas educativas voltadas à prevenção dos
fatores de risco para o coração”, entre os quais o tabagismo, o
sedentarismo, a hipertensão arterial, obesidade, diabetes e
colesterol elevado.
O termo de cooperação tem vigência inicial de cinco anos e
imediatamente a SBC vai designar representantes para trabalhar
junto ao ministério na implementação do projeto. Para o
presidente da SBC, Antonio Carlos Palandri Chagas, o termo de
cooperação técnica é muito ambicioso e abrangente, mas ele
lembra que a gravidade do tema exige, tanto do Poder Público
como dos cardiologistas ligados à entidade, um esforço muito
grande para reduzir efetivamente a mortalidade por doenças
cardiovasculares, que nos últimos anos passou a afetar pacientes
cada vez mais jovens, o que já é mais um sinal de alerta.
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Fonte: Assessoria de Imprensa da SBC
Jornalista Responsável: Luiz Roberto de Souza Queiroz
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