SBC E PVRI DA INGLATERRA JUNTOS CONTRA A HIPERTENSÃO PULMONAR
Ghazwan Butrous, da Universidade de Kent, no Reino
Unido, foi recebido na sede da SBC em São Paulo, nessa
quarta-feira (dia 26), para um café da manhã durante o qual
foram acertados os detalhes do trabalho conjunto entre a
entidade brasileira e o Pulmonary Vascular Research Institute (PVRI)
para pesquisa e tratamento da hipertensão pulmonar em nosso
país.
Do encontro, presidido pelo presidente Antonio Carlos Palandri
Chagas, participaram o diretor Científico do Grupo de Estudos
sobre a Circulação Pulmonar (Gecip), Antonio Augusto Lopes, do
Instituto do Coração (InCor) e especialistas do Instituto Dante
Pazzanesi, da Unicamp, do Hospital do Coração e da Beneficência
Portuguesa.
Antonio Augusto fez uma explanação sobre a
hipertensão pulmonar no Brasil, onde a esquistossomose, a Aids,
a doença de Chagas e as doenças reumáticas valvares tornam mais
comum o problema do que nos países desenvolvidos. Explicou que,
pelas características de níveis diversos de desenvolvimento das
várias regiões brasileiras, estima que apenas 20% dos 5 mil
casos existentes estão adequadamente atendidos, sem contar a
hipertensão pulmonar decorrente da esquistossomose. Relatou
também que apenas em São Paulo há seis centros envolvidos com o
problema e que, além das instituições representadas no evento,
também a Universidade Federal de São Paulo e a Santa Casa de
Misericórdia têm equipes que trabalham com hipertensão pulmonar.
Butrous, que responde pela cadeira de
Cardiopulmonary Sciences no Kent Institute of Medicine and
Health, explicou que o PVRI trabalha com 68 instituições de 24
países e que o acordo de cooperação com a SBC é muito
importante, pois sabidamente a hipertensão pulmonar é muito mais
preocupante nos países em desenvolvimento. Um dos maiores
desafios, disse, é o diagnóstico precoce, para o que se torna
necessário aumentar a visibilidade do tema tanto para a
sociedade leiga, como para os próprios médicos; o sucesso do
tratamento, seja clínico, cirúrgico, ou clínico-cirúrgico, tem
maior chance à medida que a doença é identificada precocemente;
lembrou ainda que parte dos casos é associada a defeitos
cardíacos congênitos, onde o rápido diagnóstico é ainda mais
importante.
A cooperação com o Pulmonary Vascular Research Institute se
baseará num protocolo com 12 meses iniciais de duração; será
discutida a possibilidade de intercâmbio de especialistas
brasileiros e estrangeiros, e dada a importância do tema, ainda
durante o Congresso da SBC, em Curitiba, haverá um joint
symposium sobre hipertensão pulmonar.
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Fonte: Assessoria de Imprensa da SBC
Jornalista Responsável: Luiz Roberto de Souza Queiroz |