SOCIEDADES
MÉDICAS IRÃO AO SIMPÓSIO DE
QUALIDADE ASSISTENCIAL DA SBC
Várias sociedades de especialidades médicas confirmaram
participação no “II Simpósio de Qualidade Assistencial”,
programado para os dias 16 e 17 de outubro, no Hotel Pestana, em
Copacabana. O tema do Fórum “A SBC e o mercado de medicamentos
no Brasil”.
O evento terá dois módulos. O primeiro tratará das relações
atuais das sociedades de especialidade com a indústria
farmacêutica. Vai abordar os aspectos éticos, econômicos,
conflitantes, RDC 096 e outros temas que a mídia tem comentado
muito, mas que precisam ser analisados numa discussão franca e
aberta entre os médicos.
Para o diretor de Qualidade Profissional, Emilio Cezar Zilli,
mais uma vez a SBC é pioneira ao abrir a discussão de um assunto
importante, mas não enfrentado claramente até agora. “Podemos
dizer mesmo que é uma ação destemida”, insiste ele que, para
tornar mais amplo o debate, convidou todas as Estaduais,
Regionais, a Indústria, as Universidades, o Ministério Público,
a Anvisa, Procon, Ministério da Saúde e sociedades irmãs para a
discussão.
Já confirmaram participação as sociedades de Clínica Médica, de
Ortopedia, Radiologia, Ginecologia e Obstetrícia e
Endocrinologia, de Cirurgia Cardiovascular e de Hemodinâmica e
Cardiologia Intervencionista.
No segundo módulo do evento, será discutido o futuro dos
medicamentos no Brasil. O diretor científico da SBC, Luiz
Antonio de Almeida Campos, ressalta a importância do fórum, pois
debaterá os chamados biossimilares, medicamentos de ponta, de
estrutura extremamente complexa e por isso mesmo muito caros. A
idéia é discutir uma política pública de Saúde que analise como
serão comparados os “genéricos” desses medicamentos, quando
vierem a ser produzidos, discussão complexa, que por isso mesmo
terá a participação do Diretor do Departamento de Drogas de Ação
Estratégica, do Ministério da Saúde.
Campos diz que um dos desafios é a forma de comparar
cientificamente a eficácia desses produtos, pois enquanto é
relativamente fácil comparar medicamentos feitos a partir de
sais específicos, a discussão sobre os aspectos legais, de
regulação e de registros de produtos como a heparina, vacinas e
alguns produtos de origem biológica é muito complexa, pois,
nesses casos, há que se analisar o processo de fabricação e
torna-se difícil definir a similaridade no caso de um genérico,
por exemplo.
“Por isso mesmo há que ser pensada uma forma de regulamentação,
de comprovação da eficácia, de definir como serão feitas as
análises”, diz ele, e mais uma vez é a SBC que assume o papel
pioneiro de levantar um tema novo e que exige definição.
Confira aqui a programação.
Fonte: Assessoria de Imprensa da SBC
Jornalista Responsável: Luiz Roberto de Souza Queiroz |