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PARA CARDIOLOGISTAS, COMBATE À POLUIÇÃO
FARÁ AS PESSOAS VIVEREM MAIS
 

No Dia Mundial do Meio Ambiente, que se comemora a 5 de junho, um laboratório portátil será montado no vão livre do MASP, na avenida Paulista, para medir no ar ambiente o material particulado fino (fuligem que sai dos escapamentos dos veículos) e técnicos farão o levantamento do nível de monóxido de carbono no pulmão das pessoas.
 
A iniciativa é da Sociedade Brasileira de Cardiologia, em conjunto com o Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da USP e o objetivo é conscientizar a população para os efeitos danosos para o coração, decorrentes de viver numa cidade com o ar poluído.

Para o professor Paulo Hilário Saldiva, diretor do setor de patologia do Incor, é preciso entender que proteger o Meio Ambiente não é só despoluir os rios e preservar a Amazônia, pois a distribuição de um combustível mais limpo e cuidados com a correta regulagem dos veículos “impactam diretamente a longevidade da população”.

Saldiva afirma que as pesquisas feitas em laboratório mostram que se uma pessoa vive na cidade de São Paulo, seus pulmões sofrem dano igual ao que sofreriam se a pessoa fumasse dois cigarros por dia. “Se alguém fica preso num congestionamento, porém, é como se fumasse oito cigarros”, explica, pois os veículos em marcha lenta emitem mais poluentes e a lentidão do trânsito aumenta a exposição ao ar poluído.

RISCO DE INFARTO SOBE 2,3 VEZES
A parceria entre a SBC e o Laboratório de Poluição Atmosférica foi feita levando em conta as pesquisas que comprovaram um risco 2,3 vezes maior de infarto nas pessoas expostas ao ar poluído com emissões de motores de combustão.

“A saúde humana é parte do Meio Ambiente”, enfatiza o presidente da SBC, Antonio Carlos Palandri Chagas, que em sua experiência clínica comprovou como a poluição provoca mortes prematuras. O cardiologista afirma que há que levar em conta que um pai de família que poderia ser produtivo até 65 ou 70 anos de idade e que morre aos 50 devido a um infarto para o qual contribuiu a poluição atmosférica, representa um grave prejuízo para a sociedade.

“Doente, ele para de produzir, de ganhar seu sustento, onera os serviços públicos ao ocupar um leito hospitalar e ao exigir tratamento e atenção médica”, afirma e, ao falecer, priva a sociedade e sua família dos ganhos que teria com o fruto do seu trabalho ao longo dos 10 ou 15 anos de vida que perdeu, simplesmente porque não demos a atenção devida à qualidade do ar da cidade em que morava.

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Fonte: Assessoria de Imprensa da SBC
Jornalista Responsável: Luiz Roberto de Souza Queiroz

Home | Fale com o Cardiol.br | Adicionar aos favoritos Última atualização: 30/11/2024