SBC FARÁ PESQUISA SOBRE INFARTO PÓS-ENCHENTE, EM BLUMENAU
A Sociedade Brasileira de Cardiologia
facilitará junto com SBC/SC e com a prefeitura de Blumenau um estudo
comparativo das ocorrências cardiovasculares pós-enchentes de 1993/94,
em Blumenau, e após a catástrofe de 2008, quando a cidade já tinha um
plano de contingência para atender os afetados. A expectativa é que, com
maior prevenção, disponibilidade de abrigos e atendimento, o número de
eventos cardíacos devido ao estresse do desastre tenha sido menor.
O estudo foi uma das decisões adotadas durante o triplo evento promovido
pela SBC em Blumenau, em meados de maio. O Salão Cristal, do Hotel
Plaza, abrigou uma reunião da Diretoria, uma conferência de Sergio
Timerman sobre os eventos cardiológicos que ocorrem após desastres como
os ataques às Torres Gêmeas, o furacão Katrina e mesmo assaltos e
seqüestros. Simultaneamente houve um Programa de Educação Continuada,
oferecido aos cardiologistas tanto de Blumenaus, como de cidades
próximas.
O coordenador de Planejamento e Infraestrutura da SBC, Miguel Antonio
Moretti, explica que o objetivo da Diretoria ao marcar a reunião em
Blumenau, atendendo à proposta da entidade afiliada de Santa Catarina,
foi repetir em nível menor a atitude do American College of Cardiology,
que realizou um congresso em New Orleans, logo depois que a cidade foi
vitimada pelo furacão Katrina.
“A SBC quis mostrar que Blumenau conta com uma infraestrutura turística
que não foi destruída pelas cheias e continua sendo um lugar atrativo,
com todas as condições de receber o turismo de negócios”.
A apresentação sobre eventos cardiovasculares pós-catástrofes foi muito
concorrida, segundo Moretti, presentes os oficiais do Corpo de Bombeiros
local, da Polícia Militar e o próprio prefeito, João Paulo Kleinübing. O
prefeito fez uma explanação para mostrar como Blumenau se preparou há
anos com um plano de contingência com nove níveis de alerta, pois as
enchentes ocorrem todo ano e há necessidade de contar com abrigos, com
alimentação e agasalhos para os moradores de área de risco que são
sempre retirados, quando o alerta indica a elevação do nível do rio.
Foi esse plano que poupou muitas vidas, garantiu o prefeito, tanto que
dos 24 mortos registrados, 95% foram soterrados por deslizamento e não
afogados pelas enchentes. O deslizamento de terra nas proporções em que
ocorreu é um fenômeno novo, mas a infraestrutura municipal permitiu
minimizar em muito o sofrimento da população. São justamente os efeitos
dessa prevenção que serão medidos pelo estudo conjunto da SBC e da
Prefeitura, que levantará o número de ocorrências cardiovasculares na
enchente de 1993/94, quando a prevenção era incipiente, e na recente
catástrofe, quando a cidade estava melhor preparada.
Fonte: Assessoria de Imprensa da SBC
Jornalista Responsável: Luiz Roberto de Souza Queiroz
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