APROVADA “LEI DO ATO MÉDICO” QUE TEVE PARTICIPAÇÃO DA SBC
Após sete anos de trabalho,
discussão e tramitação, a Câmara Federal aprovou a lei que
regulamenta o exercício da Medicina, documento legal para o qual
foi decisiva a participação e o acompanhamento da SBC, das
demais sociedades médicas, da Comissão de Apoio Parlamentar da
Associação Médica Brasileira (AMB), além do Conselho Federal de
Medicina e da Federação Nacional dos Médicos (Fenam).
“Das 14 profissões da área da saúde, apenas a Medicina não era
regulamentada”, comenta o diretor de Relações Governamentais,
Lázaro Fernandes de Miranda, que trabalhou incansavelmente para
a aprovação do documento. Ele comemora também a rejeição de
todos os destaques e emendas que poderiam desfigurar o projeto.
A Fenam divulgou nota afirmando que foi “um dia histórico para
os médicos brasileiros”, enquanto o presidente da SBC, Antonio
Carlos Palandri Chagas, ressaltou a importância da participação
dos médicos na redação do projeto, do substitutivo da Comissão
de Trabalho, Administração e Serviço Público e, principalmente,
o apoio dado ao relator do texto, o deputado Eleuses Paiva.
Mais conhecida como “Lei do Ato Médico”, o novo documento
estabelece o espaço de atuação, os procedimentos privativos da
profissão e define os parâmetros de relacionamento nas equipes
multiprofissionais de saúde. Restringe ainda a possibilidade de
profissionais não médicos, como fisioterapeutras e
nutricionistas, de fazer diagnósticos e oferecer tratamento.
A lei determina que apenas ao médico cabe a prerrogativa de
formular diagnóstico sobre doenças, a prescrição de medicamento,
a indicação de cirurgias e a execução de procedimentos
invasivos, mesmo que apenas estéticos. Quando em vigor, fará com
que ações como entubação, emissão de laudos de exames de imagem,
prescrição de próteses e órteses e realização de perícias e
emissão de atestados de óbitos, só possam ser realizados por
médicos, embora os dentistas tenham ficado fora das restrições,
já que podem realizar os mesmos procedimentos em sua área de
atuação.
O presidente da SBC diz que embora a aprovação mereça
comemoração, a batalha não está terminada. É que, por ter
recebido emendas na Câmara, o projeto voltará necessariamente ao
Senado. Lembra, porém, que foi extremamente importante a
contribuição da SBC ao conseguir modificar, por exemplo, as
colocações genéricas do projeto original que, ao definir de
maneira abrangente e sem precisão o ato médico, abria campo para
infindáveis interpretações e contestações judiciais, que serão
evitadas com o texto preciso do projeto aprovado.
“As entidades médicas trabalharam unidas e a nossa Sociedade
Brasileira de Cardiologia colaborou decisivamente para esta
aprovação, sem emendas, no parlamento brasileiro. Ganham os
médicos, os pacientes e a saúde da população”, finaliza.
Fonte: Assessoria de Imprensa
Jornalista Responsável: Luiz Roberto Queiroz
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