MINISTÉRIO SE REÚNE COM MÉDICOS SOBRE PROGRAMA “SAÚDE DO HOMEM”

A Sociedade Brasileira de Cardiologia participou no dia 2 de agosto, em Hortolândia, da reunião com os representantes do Ministério da Saúde, para discutir a “Política Nacional da Saúde do Homem”, programa lançado no ano passado, e que este ano tem importante dotação de verba federal.
 
Uma força-tarefa da SBC trabalha na preparação da proposta, que deve ser entregue até setembro, pois os recursos precisam ser empenhados e gastos ainda este ano.
 
Para o presidente da SBC, Jorge Ilha Guimarães, que participou do encontro, é uma vitória dos médicos brasileiros o fato de que as sociedades médicas foram chamadas pela primeira vez a opinar e convidadas a montar o programa juntamente com o governo. “No passado os programas eram preparados dentro dos gabinetes, em Brasília”, diz ele, muitas vezes sem levar em conta a realidade vivida pelos médicos, que conhecem efetivamente as necessidades da população.

Do encontro participaram as sociedades de Pneumologia, Urologia, Psiquiatria e Gastroenterologia, além da SBC, representada pelo presidente Jorge Ilha, pelo diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular Funcor, Dikran Armaganijan, o coordenador de Ações Sociais, Carlos Alberto Machado, o coordenador de Projetos Novos, Fábio Sandoli de Brito e Emílio Cesar Zilli que, na gestão passada, respondia pela Saúde do Homem e que, juntamente com o diretor de Relações com o Governo, Josué Wanderley Neto, que é também vice-governador de Alagoas, vão responder pela interface com o governo federal.
 
O governo foi representado pelo responsável pela Saúde do Homem, Baldur Schubert, Francisco Kerr representou o Conasems – Conselho das Secretarias Municipais de Saúde, enquanto o cardiologista Francisco Saraiva, membro atuante da SBC, fez uma apresentação sobre o projeto-piloto de “Saúde do Homem”, implementado em Campinas.

Jorge Ilha explica que a delegação da SBC foi numerosa devido à premência do assunto, pois os urologistas, por exemplo, já definiram um mutirão de cirurgia da próstata pelo SUS.
 
A proposta que a SBC está preparando deve contemplar a maior disponibilidade de medicamentos, principalmente anti-hipertensivos e o aumento dos procedimentos cardiológicos tanto em ambulatórios, como dos atendimentos de síndromes coronárias agudas e o acompanhamento do paciente após a alta. O projeto vai privilegiar a população de baixa renda que, segundo dados da SBC, em muitas cidades ainda demora muito a ser atendida após os primeiros sintomas cardiológicos, o que reduz a eficácia do tratamento.
 

Fonte: Assessoria de Imprensa
Jornalista Responsável: Luiz Roberto Queiroz