Comissão de Constituição aprova proibição de tabaco
Numa vitória
suada que demorou um ano e meio e levou à aliança entre
Ministério da Saúde / INCA, SBC, SBPT e outras sociedades
médicas, a comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do
Senado aprovou no dia 10 de março o projeto que proíbe o fumo em
ambientes coletivos fechados em todo o País. Na prática, o
projeto, quando transformado em lei, estende a todos os
municípios do Brasil a proibição hoje vigente em São Paulo, Rio
de Janeiro e pela cidade de Curitiba.
Para Carlos Alberto Machado, do Funcor, que participou
ativamente da verdadeira batalha que foi a aprovação, o projeto
do senador Tião Viana, que é médico, era perfeitamente adequado.
“Ele foi desfigurado, porém, por propostas de emendas que
autorizavam fumódromos nos edifícios onde o cigarro fosse
proibido”, explica ele, mas a relatora do projeto, senadora
Marina Silva, rejeitou firmemente as pressões e as manobras
protelatórias.
A guerra não está vencida, entretanto, o projeto deve ainda
passar pela Comissão de Assuntos Sociais, antes de ir à Câmara.
Aos que são contra o projeto, caberá mais uma vez tentar
postergar sua aprovação, pois pode acontecer de uma proposta de
lei passar até anos no Congresso, sem ser votada, e por isso
será necessário manter a pressão sobre os deputados, para que a
votação seja marcada para breve.
A campanha pela proibição do fumo em bares, restaurantes,
colégios, empresas e edifícios de escritórios ganhou novo
argumento recentemente, com a pesquisa do Incor segundo a qual a
proibição reduziu em 80% a concentração de monóxido nos locais
onde não mais se fuma e em 35,7% a concentração de monóxido de
carbono no organismo de trabalhadores fumantes de bares,
restaurantes e casas noturnas. Outro argumento é que a proibição
está sendo muito bem aceita, tanto que no Rio de Janeiro, 4.600
fiscalizações resultaram em apenas 35 multas de estabelecimentos
onde a lei foi desrespeitada.
Fonte: Assessoria de Imprensa
Jornalista Responsável: Luiz Roberto Queiroz |