SBC LAMENTA MORTE DO SECRETÁRIO
LUIZ ROBERTO BARRADAS
A Sociedade
Brasileira de Cardiologia lamenta informar a morte do secretário
da Saúde do Estado de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata,
companheiro de muitas jornadas conjuntas em prol da saúde
cardíaca da população brasileira e que, ainda recentemente,
determinou que a Secretaria que dirigia assumisse as inscrições
para o curso de capacitação organizado pela SBC, em benefício de
1.200 médicos da rede do SUS.
De uma honestidade a toda prova, Barradas recusou-se a posar
para fotografias com a camiseta da campanha da SBC “Eu sou 12x8”
e explicou a Carlos Alberto Machado: “não seria correto, minha
pressão não está controlada...”
Também o governador Serra, com quem trabalhou por muitos anos,
disse que Barradas cuidava tanto da saúde dos outros, que
esquecia a própria saúde, tanto que há cinco anos não fazia um
“check-up”. E mesmo atingido por um câncer, continuou à frente
da Secretaria, alegando sempre que a doença ainda não impedia
seu trabalho. Não foi o câncer que o levou, entretanto, mas um
infarto que o atingiu em Ubatuba e que o matou pouco depois de
ter chegado ao Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.
Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa,
Barradas participou da cúpula da Saúde desde o governo Mário
Covas, em 1995. Assumiu a Secretaria em 2003 e ficou à frente da
mesma nas gestões sucessivas de Geraldo Alckmin, Cláudio Lembo,
José Serra e Alberto Goldman. Sanitarista, foi também assessor
dos ex-ministros da Saúde Adib Jatene e José Serra e respondeu
pela consolidação das Organizações Sociais de Saúde – OSS,
modelo de parceria entre o setor público e privado, para gerir
as Unidades Básicas de Saúde.
O diretor-administrativo – DHA/SBC, Luiz Scala, disse que
“Barradas foi um verdadeiro soldado de todas as causas que nos
une, a todos, em defesa da saúde de uma forma geral, e em
especial na prevenção das doenças cardiovasculares”.
Carlos Alberto Machado, da comissão Executiva do VII Congresso
de Hipertensão da SBC, disse que Barradas acompanhava de perto
as campanhas da SBC, tanto que participou ativamente da campanha
cujo lema era “Tratar a pressão alta é um ato de fé na vida”. Ao
saber das dificuldades para produzir os impressos que a entidade
planejava distribuir no Brasil inteiro, conseguiu que fossem
preparados sem custas para a SBC. Sua preocupação constante era
melhorar o atendimento cardiológico e a prevenção, para reduzir
a mortalidade cardiovascular que considerava extremamente alta
no Brasil.
Fonte: Assessoria de Imprensa
Jornalista Responsável: Luiz Roberto Queiroz |