COM ASSESSORIA DA SBC, DEPUTADO LANÇA PROJETO DE REDUÇÃO DO SAL
O deputado
federal Arlindo Chinaglia, que é médico, falou ontem (dia 26)
por 25 minutos na Câmara dos Deputados, para apresentar o
primeiro projeto de lei brasileiro que limita a quantidade de
sal nos alimentos industrializados, que não poderão ter mais que
400 miligramas por 100 gramas do produto. Os que não se
enquadrarem, diz o documento legal, deverão ter um aviso
informando que se trata de “Alimento com alto teor de sódio”.
A apresentação do projeto foi feito na presença dos diretores
das sociedades brasileiras de Cardiologia, Hipertensão e
Nefrologia, sendo de notar que a proposta foi preparada com
assessoria da SBC, cujo coordenador de Ação Social, Carlos
Alberto Machado, apresentou os trabalhos preparados pelo Funcor
e os dados científicos levantados pela entidade, como subsídios
para a redação do projeto.
Caso raro na Câmara Federal, o presidente da mesa cumprimentou
de público o deputado pela importância do projeto e Chinaglia,
em sua apresentação, ressaltou como foi sensibilizado pela
campanha da SBC e convencido de que a redução do consumo de
sódio vai, em última análise, salvar vidas de brasileiros.
Se aprovado, o projeto de Chinaglia tornará o Brasil um dos
raros países do mundo a regulamentar a quantidade de sal.
ASSOCIAÇÕES FÍSICAS DE FÁRMACOS
Também ontem, Dia Nacional de Combate à Hipertensão, a SBC
conseguiu a promessa do presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de
Mello, da realização, nas próximas semanas, de um seminário
juntamente com as sociedades médicas, para redação de um
protocolo objetivando a dispensação pelas farmácias populares de
associações fixas de fármacos hipertensivos. Nas farmácias
populares, 90% do custo do medicamento são absorvidos pelo
governo.
OPAS PREOCUPADA
Os representantes das sociedades médicas, da Anvisa, do
Ministério da Saúde e do Ministério da Agricultura, que é o
responsável pela fiscalização dos alimentos industrializados,
reuniram-se na Organização Panamericana de Saúde (OPAS), em
Brasília, por ocasião do Dia Nacional de Combate à Hipertensão,
para discutir a questão do abuso do sal na alimentação. O
problema não é só brasileiro, garantem as autoridades da OPAS,
que defendem a necessidade de somatória de esforços para obter
resultados difíceis, se forem tomadas ações isoladas.
A proposta da OPAS é criar ações que levem à redução do consumo
do sal e, consequentemente, à baixa da hipertensão arterial em
todos os países do continente. Para a organização internacional,
o consumo no Brasil é de 4,5 gramas de sódio por dia por
habitante, quando o limite recomendado é de 2 gramas de sódio.
Para a diretora Financeira da SBC, Andréa Brandão, é consenso
médico de que, mesmo para os normotensos, é importante limitar o
consumo de sal.
A OPAS pretende que, juntamente com as autoridades e as
sociedades médicas, sejam criadas campanhas que levem à
rotulagem mais clara dos alimentos, principalmente dos
embutidos, ao esclarecimento da população, de que é exemplo o
Selo de Aprovação da SBC, concedido a alimentos industrializados
saudáveis.
Conheça o texto do projeto de lei. Clique
aqui.
Fonte: Assessoria de Imprensa
Jornalista Responsável: Luiz Roberto Queiroz |