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INSTITUTO DO HCOR E SBC ASSINAM CONVÊNIO
PARA realização de REGISTROS


O convênio de cooperação científica para elaboração dos “Registros Brasileiros Cardiovasculares foi assinado dia 28 pelos representantes da Sociedade Brasileira de Cardiologia e do Instituto de Ensino e Pesquisa do HCOR-ASS de São Paulo, durante solenidade no auditório do Hospital do Coração, em São Paulo.
 
À mesa diretiva dos trabalhos sentaram-se o diretor-geral do HCor, Adib Jatene, o presidente da SBC, Jorge Ilha Guimarães, a presidente da Associação Sanatório Sírio, Ivone S. Maksoud, o superintendente corporativo do Hcor, Antonio Carlos Kfouri, o coordenador do projeto de Registros, Luiz Alberto Mattos e o diretor do IEP, Otavio Berwanger.
 
Ao falar sobre o projeto, o presidente da SBC disse que ele é talvez o mais importante de sua gestão e também a realização de um sonho pessoal, pois há tempos ele sente a falta, no Brasil, de dados confiáveis sobre as doenças cardiológicas, enquanto há décadas as Sociedades americanas e européias dispõem de levantamentos estatísticos, vitais para orientar as políticas de saúde pública e de prevenção. No Brasil, entretanto, que tem a segunda maior sociedade cardiológica do mundo e está em oitavo lugar em produção científica, até agora não havia dados estatísticos confiáveis.

No Brasil, entretanto, até agora só estão disponíveis os dados do DataSus, que indicam 315 mil óbitos anuais por doenças cardiovasculares, 75 mil dos quais decorrentes de infarto. “Esses números não explicam, porém, porque os infartos resultam em média em 16% de óbitos no Brasil, enquanto hospitais como este, o HCor, tem um índice de 6%”. Essa estatística pobre, continuou, não nos dá pistas sobre o que fazer para melhorar esses índices, se o que faltam são recursos, se há deficiência técnica ou de capacitação.

“Apenas com os Registros teremos finalmente informações precisas para exigir providências do governo, para tornar mais focada a educação continuada e para reduzir o número de internações por insuficiência cardíaca, de que o Brasil é campeão mundial”, concluiu.
 
Jorge Ilha destacou ainda a importância do parceiro do projeto, o IEP, que tem grande expertise e agradeceu o suporte irrestrito do “EMS Laboratório Farmacêutico”, o primeiro a apoiar a iniciativa.
 
Em seu pronunciamento, Jatene disse que projetos como o que se iniciava fazem com que o Brasil deixe de ser colônia científica do Primeiro Mundo, à medida em que teremos dados próprios, que os médicos brasileiros apresentarão com orgulho nos eventos internacionais. Lamentou, porém, que tecnologicamente continuemos sendo colônia, pois os equipamentos mais avançados usados em Cardiologia ainda são, em grande parte, importados.
 
Terminou dizendo que certamente os Registros trarão grandes surpresas e permitirão importantes avanços e ressaltou que tanto nesse projeto, como na excelência em Cardiologia, avulta a iniciativa privada e não é sem razão que, nos anos recentes, as instituições de ponta e que se destacam na Medicina são, cada vez mais, hospitais privados e não mais os públicos, como no passado.
 
Falaram ainda o diretor do IEP, Otavio Berwanger, para quem “os Registros são filhos das Diretrizes e o terceiro passo para um programa de melhoria clínica” e vitais para mostrar porque a mortalidade e a incapacitação decorrentes das doenças cardiovasculares atingem mais as camadas menos favorecidas da população.

Coube ao coordenador do projeto, Luiz Alberto Mattos, explicar as linhas mestras do programa. Para ele, os Registros vão permitir avaliar como é feito o exercício da Cardiologia no Brasil e saber “qual o grau de aderências às Diretrizes e fazer um verdadeiro retrato de como são realizados os diagnósticos, que medidas terapêuticas, farmacológicas e intervencionistas são adotadas, em que medida se opta por soluções cirúrgicas e, principalmente, o que acontece ao paciente quando deixa o hospital, pois uma das críticas mais constantes no campo da Cardiologia é que não há acompanhamento do paciente, mas o Projeto não deixará essa lacuna.

Piva Mattos esclareceu que “para fotografar com amplitude federativa e horizontal a prática da Cardiologia no Brasil, dois Registros já foram iniciados, o das “Síndromes Coronarianas Agudas – com e sem supra ST”, que envolve 2.500 pacientes de 27 centros brasileiros de alta e baixa complexidade, e que prevê o seguimento inicial por 12 meses, projeto esse que ainda não tem patrocinador.

Já com patrocínio do “EMS Laboratório Farmacêutico”, será realizado o “Registro de Pacientes de Alto Risco Cardiovascular”, com 2.305 pacientes de 18 centros, inclusive de atendimento em clínica médica e neurológica. Também nesse projeto os pacientes serão acompanhados inicialmente por 12 meses.
 

Fonte: Assessoria de Imprensa
Jornalista Responsável: Luiz Roberto Queiroz

 

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Home | Fale com o Cardiol.br | Adicionar aos favoritos Última atualização: 29/11/2024