SBC reuniu em São Paulo responsáveis
por vários Centros de Ressuscitação Cardiopulmonar
Grupos brasileiros que ministram cursos de ACLS, PALS e BLS se encontraram, pela primeira vez, em São Paulo, na I Reunião dos Centros de Treinamento e Revisão da Ciência da Ressuscitação Cardiopulmonar e Emergência Cardiovascular Diretriz 2010, promovida pela SBC.
O evento foi considerado extremamente importante e, em sua apresentação, o Coordenador do Centro de Treinamento da SBC que, com o do Einstein, foram os pioneiros no Brasil, Manoel Canesin, destacou que, a partir de agora, os vários Centros passam a ter um contato constante, trocarão experiências e informações e terão papel essencial na divulgação da Diretriz de Ressuscitação, que a SBC promete empreender ainda no primeiro semestre deste ano.
Além de Canesin, fizeram apresentações o diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da SBC, Dikran Armaganijan e Sergio Timerman, que integra o Conselho de Emergência da American Heart Association. Posteriormente, houve exposições sobre os vários treinamentos oferecidos, e sobre o Manual Administrativo da AHA, apresentação que coube Maria Margarita Gonzales.
O encontro teve presença além da esperada, com mais de 200 participantes, que lotaram o auditório e incluiu debates, discussão sobre a implementação das mudanças nas Diretrizes e uma sessão plenária sobre o Futuro do Treinamento no Brasil.
Para Timerman, se as técnicas de ressuscitação forem adequadamente difundidas pelo País, como já ocorre no exterior, as 315 mil mortes anuais creditadas a eventos cardiovasculares poderão ser reduzidas em até 60.000.
Ele lembrou que as diretrizes mundiais enfatizam o treinamento do leigo, sem esquecer que é imenso o número de médicos e enfermeiros que ainda não estão capacitados a fazer uma ressuscitação.
A parada cardiorespiratória e o tratamento clínico da morte súbita são problemas complexos de saúde pública que envolvem desde o leigo, unidades móveis de urgência até unidades de hemodinâmica e de terapia intensiva preparadas.
A atual diretoria da SBC está focando este problema de forma eficaz, e quer tornar instituição uma liderança no Brasil na abordagem deste tópico.
Palestrantes que se sucederam lembraram a eficácia da campanha iniciada pela SBC e pelos cardiologistas do Brasil inteiro, que levaram à aprovação de leis municipais e estaduais que tornam obrigatória a existência de desfibriladores em locais de concentração de público.
Entretanto, vários estudos hoje comprovam que ainda mais importante que o equipamento é o treinamento em ressuscitação cardiopulmonar que ensina médicos e o público leigo a se capacitarem tecnicamente para tal. Com a implantação dos novos cinco elos da corrente de sobrevivência após parada cardíaca, a sobrevivência salta de 3% para mais de 20%, chegando a um nível excepcional em determinadas áreas, aeroportos, por exemplo, onde até 70% das vítimas de parada cardíaca passaram a ser salvas.
Em uma demonstração de que a cooperação entre os vários grupos tornou-se muito efetiva, a SBC informou que qualquer empresa ou grupo interessado na contratação de um curso de ressuscitação que ligar para seus escritórios será informado do endereço e telefone do Centro de Ressuscitação mais próximo, em qualquer Estado brasileiro. No momento de discussão do futuro dos Centros de Ressuscitação, os participantes concordaram sobre a necessidade de uma gestão centralizada com a participação de todos os centros e uma possível gestão da SBC.
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Participantes lotaram a I Reunião dos Centros de Treinamento,
em São Paulo
Crédito: Rafael Canuto
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Fonte: Assessoria de Imprensa Jornalista Responsável: Luiz Roberto Queiroz |