Campanha do Dia Nacional de Controle do Colesterol - 2011
No dia 08 de agosto deste ano comemoramos o dia do colesterol. O
FUNCOR juntamente com o Departamento de Aterosclerose da
Sociedade Brasileira de Cardiologia lançam a campanha “Colesterol:
quanto mais baixo melhor!”. Este ano estamos focando no
atingimento das metas para os pacientes de alto risco e a
manutenção do tratamento das dislipidemias de forma contínua.
Com a publicação da metanálise do estudo CTT (Lancet
2010;376:1670-1681) que utilizou informação individual de
170.000 pacientes em 26 trials, a conclusão foi que as reduções
de LDL produzidas reduziram a incidência de IAM,
revascularização e AVC isquêmico, com diminuição da taxa anual
de eventos cardiovasculares maiores em mais de 20% para cada 1,0
mmol/L (39mg/dl) de LDL reduzido. Além disso, não houve
associação do uso de estatinas com a incidência de câncer, mesmo
naqueles pacientes que já possuíam colesterol baixo antes do uso
da medicação.
Os achados desta metanálise corroboram a hipótese de “quanto
menor, melhor”. Quando consideramos cada 1,0 mmol/L de LDL
reduzido, independente da taxa basal de LDL, o benefício é
significativo mesmo em pacientes com LDL colesterol < 70mg/dl.
Níveis mais baixos de LDL estão associados com uma redução da
mortalidade sem aumentar o risco de câncer. Este estudo pode
indicar a adoção de metas de LDL cada vez mais baixas nas
próximas diretrizes, principalmente para indivíduos de maior
risco cardiovascular.
Além do não atingimento de metas, outro grave problema em nosso
país é a baixa aderência ao tratamento que deve ser contínuo e
para sempre. Pesquisas realizadas pelo Conselho Latino Americano
para Cuidado Cardiovascular (CLACC), demonstrou que o tempo
médio de uso de hipolipemiantes no Brasil é de 60 dias. No
estudo CORE, mais de 50% das suspensões do uso desses
hipolipemiantes são orientadas por nossos colegas médicos.
Quando tentamos saber a razão dessas suspensões, a resposta mais
verificada foi a de que o perfil lipídico já havia sido atingido
e o colesterol estava “curado”.
Sabemos das evidências científicas, que são amplamente
divulgadas, que os benefícios atingidos com o tratamento do
colesterol tanto em relação à terapêutica não farmacológica
quanto farmacológica, depende de anos do uso dessas
intervenções, e, que a suspensão desses tratamentos podem anular
os benefícios e elevar o custo para o paciente, já que não lhe
trará benefício.
Devemos lembrar, que no caso do tratamento farmacológico das
dislipidemias, acreditamos que os colegas já tenham descartado
causas secundárias das mesmas e, que o problema a ser tratado,
seja de origem metabólica. Portanto, devemos lembrar, que este
tipo de dislipidemia não tem cura e sim controle, e que o
tratamento necessita ser mantido indefinidamente.
Tomar o cuidado de monitorar freqüentemente os exames de
segurança e os efeitos colaterais de cada medicação também se
torna indispensável.
O Departamento de Aterosclerose junto ao FUNCOR gostariam de
mudar essa realidade. Esperamos poder dar aos nossos pacientes
um tratamento justo e que realmente lhes tragam benefícios na
prevenção da doença cardiovascular. Contamos com você!
REALIZAÇÃO |
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PATROCÍNIO |
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Fonte:
Sociedade Brasileira de Cardiologia
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