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Artigo Científico |
Enxertos arteriais radiais versus enxertos
venosos de safena em cirurgia de revacularização miocárdica -
Estudo VA Cooperative (VA CABG)
Dr.Ricardo C. Moraes
Dr.Bruno Paolino
Objetivos: O objetivo do estudo foi avaliar a
revascularização miocárdica (RM) com enxertos de artéria radial
comparado à cirurgia com enxerto de veia safena em pacientes com
doença arterial coronária estável (DAC).
Métodos e Resultados: Os pacientes com DAC incluídos no
estudo receberam enxerto de artéria torácica interna esquerda
para a artéria coronária descedente anterior quando possível.
Foram randomizados para enxerto de artéria radial (n=366) versus
enxerto de veia safena (n=367). O desfecho primário foi a
patência do enxerto em 1 ano. Um total de 733 pacientes foi
selecionado e teve um seguimento médio de 5 anos. A mortalidade
global nos grupos foi de 2% e a mortalidade intraoperatória de
0,7%. Infarto agudo do miocárdio ocorreu em 1% e acidente
vascular cerebral de 2%.
O desfecho primário ocorreu em 89% no grupo enxerto radial e 89%
do enxerto de safena (p=NS). A patência do enxerto foi similar
entre os grupos com as seguintes anastomoses: descedente
anterior (83% vs. 88%), circunflexa (93% vs. 89%) e artéria
coronária direita (86% vs. 88%) nos grupos radial e safena,
respectivamente.
A doença avançada no enxerto foi observada em 8% no enxerto
radial versus 1% no enxerto de safena (p<0,001). A angioscopia
não demonstrou diferença na patência da arterial radial (100% vs
89%, p=NS), entretanto, a patência da veia safena observada foi
reduzida (78% vs. 91%, p = 0,009).
Conclusão
Entre os pacientes submetidos a CABG eletiva, o uso de enxerto
radial não foi superior ao enxerto de veia safena. A patência
angiográfica do enxerto foi similar entre os grupos em 1 ano. A
angioscopia visualizou veias safenas aparentemente com menor
patência.
Apresentado por Dr. Steven Goldman no ACC.10/i2 Summit,
Atlanta, GA, 16 de Março de 2010.
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