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Estudo ASCET: A relação entre os testes de reatividade plaquetária e desfechos clínicos em pacientes com DAC e tratamento antiplaquetário simples

Dr. Bruno Paolino

Resumo: A resposta ao tratamento com AAS, avaliada por métodos de avaliação da reatividade plaquetária em uso da medicação, não foi capaz de predizer desfechos clínicos em pacientes com DAC estável. Nos pacientes não respondedores, porém, pode ser que haja um maior benefício com o uso de clopidogrel.

Introdução: Pacientes com doença arterial coronariana (DAC) em terapia antiplaquetária com uma única droga ainda tem risco alto para eventos aterotrombóticos. Além disso, a não-responsividade ao ácido acetil-salicílico (AAS) tem sido discutida como um fator de risco a mais para eventos tromboembólicos. Desta forma, há a necessidade de validar ferramentas que possam identificar os pacientes com alta reatividade plaquetária residual durante o tratamento, para que possa intensificar ou mudar o esquema antiplaquetário.

Objetivos: Investigar a relação dos testes de reatividade plaquetária com desfechos clínicos em pacientes coronariopatas estáveis.

Metodologia: O estudo ASCET foi um ensaio clínico prospectivo e randomizado que incluiu 1001 pacientes sintomáticos portadores de DAC estável, documentados através de coronariografia, e em uso de AAS 160mg/dia. Os pacientes foram randomizados para continuar o uso do AAS ou para usar clopidogrel 75mg/dia. A função plaquetária foi avaliada no momento da randomização pelos métodos PFA100 e agregometria. A aderância ao tratamento foi avaliada pela dosagem sérica de tromboxana B2. Os pacientes foram acompanhados por 2 anos. O desfecho primário do estudo foi um composto de morte por qualquer causa, IAM não-fatal, AVC isquêmico e angina instável.

Resultados: Não houve diferença na taxa de eventos entre os grupos (56/503 no grupo da aspirina vs 50/498 no grupo clopidogrel; p=0,57). A taxa de não-respondedores ao AAS foi de 26% no momento da randomização, quando a complacência ao AAS era excelente. A reatividade plaquetária residual durante o tratamento no grupo do AAS, através do PFA 100, não influenciou os desfechos primários (13,1 vs 10,5%; p=0,41). A dosagem da agregometria plaquetária também não conseguiu predizer desfechos clínicos. Os não respondedores ao AAS que foram randomizados para o uso de clopidogrel tiveram uma tendência, não-significativa, de redução no desfecho primário combinado, quando comparado aos não-respondedores do grupo que fez uso do AAS (7,8 vs 13,1%; p=0,16).

Conclusão: A resposta ao tratamento com AAS, avaliada pelos métodos PFA100 e agregometria plaquetária, não foi capaz de predizer desfechos clínicos em pacientes com DAC estável após 2 anos de seguimento. Porém, os pacientes não-respondedores ao AAS tendem a ter maior benefício com o uso do clopidogrel.

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