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Segurança da terapia com estatinas: meta-análise com 170.000 pacientes avalia o risco de câncer

Autor: Dra. Fernanda Seligmann Feitosa

Resumo: Uma meta-análise com 170.000 pacientes (Cholesterol Treatment Trialists Collaboration), realizada a partir do banco de dados de 26 estudos randomizados, avaliou a associação entre o uso de estatinas e o risco de câncer. Não foi detectada correlação entre o uso de estatinas e o aumento do risco de câncer, tanto na população global quanto nos diferentes subgrupos, independente dos níveis prévios de colesterol e da dose da estatina utilizada.

Objetivo: Analisar a associação entre uso de estatina e risco de câncer

Metodologia: Essa meta-análise compilou os dados individuais de 170.000 pacientes incluídos em 26 estudos randomizados que avaliaram o uso de estatinas. Os estudos foram divididos entre os que compararam o uso de estatina vs placebo (21 estudos, n= 130.000) e os que avaliaram o uso de estatina em diferentes doses (5 estudos, n= 40.000).

Resultados: Dentre os 170.000 pacientes estudados, mais de 10.000 desenvolveram câncer e cerca de 3.500 mortes oncológicas foram observadas. Ao final de um seguimento médio de 5 anos, a incidência de câncer foi similar na comparação entre usuários de estatina vs placebo (RR 1.00; IC 95% 0.95-1.04) e entre usuários de doses diferentes de estatina (RR 1.00; IC 95% 0.93-1.07). Esses resultados foram encontrados para todos os tipos de câncer avaliados (hepático, intestinal, prostático, vesical, pulmonar, mamário, hematológico, etc). A meta-análise também não detectou associação entre câncer e a dose de estatina utilizada nem com os níveis séricos de colesterol alcançados. A análise de subgrupos também não evidenciou aumento do risco de câncer em qualquer população específica.

Perspectivas: Estudos observacionais sugeriram que o uso de estatinas ao longo prazo poderia estar associado a um aumento do risco de câncer, especialmente câncer de mama e gastrointestinal. As meta-análises publicadas previamente que avaliaram esse tema  são, em sua maioria, baseadas em dados já publicados de estudos pequeno porte ou de estudos que não excluíram o efeito de outros fatores de confusão. O estudo apresentado hoje, e produzido por uma colaboração entre a Universidade de Oxford na Inglaterra e a Universidade de Sidnei na Austrália, representa o maior e mais confieavel estudo do gênero. Ele analisa os dados individuais de cada paciente dos principais estudos randomizados publicados sobre esse tópico e fornece evidência confiável da segurança das estatinas, pelo menos no período de 5 anos de acompanhamento. Estes resultados são extremamente reconfortantes para médicos e pacientes, uma vez que as estatinas estão entre as medicações mais efetivas para a prevenção de eventos cardiovasculares.

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