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Pesquisa revela que mulheres jovens têm alto risco de infarto

Motivo principal é o excesso de gordura, principalmente na região da cintura e do quadril, que aumenta as chances de doenças cardiovasculares

Infarto e derrame cerebral também são problemas de mulheres mais jovens. Estudo apresentado na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) revelou que o risco para as doenças cardiovasculares aumenta antes mesmo da menopausa — período até então considerado o mais crítico pelos médicos. 

Segundo a nutricionista Ana Paula França, coordenadora da pesquisa, 88% das mulheres, entre 35 e 65 anos, apresentam alto risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (derrame). Um dos motivos está nos níveis de obesidade e de gordura abdominal (novo parâmetro que indica maior risco de doença cardíaca) identificados na maioria das 200 mulheres avaliadas. 

“A idéia do estudo era avaliar o estado nutricional e o risco de doença cardiovascular de mulheres no climatério atendidas em um ambulatório da cidade de São Paulo”, diz Ana Paula, que dividiu as pacientes em três grupos: as que menstruavam regularmente; aquelas que tinham falhas de mais de três meses no ciclo; e as mulheres já na menopausa.

A pesquisadora verificou o Índice de Massa Corpórea (IMC) — calculado pela divisão do peso pela altura ao quadrado —, o percentual de gordura e a relação cintura-quadril (RCQ). Pelos resultados, Ana Paula percebeu que nos três grupos a situação era bastante parecida. Até as mais jovens tiveram uma RCQ alta. “O risco foi considerado alto e muito alto para 90,7% das mulheres que menstruavam regularmente, 95,8% das mulheres na peri-menopausa e 90,3% das pacientes na pós-menopausa.”

A RCQ é encontrada dividindo-se a medida da cintura pelo quadril. O ideal é que o índice não passe de 0,85. Segundo os especialistas, a gordura acumulada no abdome, comum após a menopausa, causa alterações metabólicas, hipertensão e aumento do colesterol ruim (LDL), elevando os riscos cardiovasculares. “Mesmo as mulheres do estudo que não estavam na menopausa apresentaram 65,4% de prevalência de sobrepeso e obesidade, o que não diferiu estatisticamente das mulheres que estavam na pós-menopausa (74,2%)”, completa Ana Paula.


Hábitos

Além da obesidade, outros fatores de risco contribuem para a ocorrência do problema nas mulheres, como tabagismo, estresse, diabetes, hipertensão e vida sedentária. “Apesar de o risco cardíaco aumentar de duas a três vezes após a menopausa, o estilo de vida da mulher antes dessa fase pode, da mesma forma, levar ao infarto”, comenta Juarez Ortiz, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

De acordo com o médico, a depressão é outro fator que tem levado ao aumento da prevalência de infarto na população feminina. “A depressão está associada a 45% dos casos de ataque cardíaco”, afirma Ortiz. “As mulheres também precisam aprender que nem só de amor sofre o coração. Elas devem ficar atentas a doenças que atacam o órgão”, conclui.


Mais mortes que o câncer de mama

O infarto está matando mais que o câncer de mama. Segundo os médicos, de cada 26 mulheres que morrem no Brasil, oito são vítimas de ataque cardíaco, enquanto uma morre em decorrência desse tipo de tumor.

A situação está assustando a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), que adotou como tema da campanha deste ano, a mulher. Antes, o infarto atingia nove homens para cada mulher. Agora, a proporção é de seis homens para quatro mulheres. “O problema é que a população feminina ainda tem a idéia de que doença cardíaca é problema de homem”, ressalta o presidente da SBC, Juarez Ortiz.

De acordo com o especialista, a idéia é, além de conscientizar as mulheres, chamar a atenção dos ginecologistas para a necessidade do check-up cardiológico feminino regular. “É necessário medir rotineiramente pelo menos a glicose, o colesterol e a pressão arterial”, diz Ortiz.

É bom lembrar que a prática de atividade física regular e uma alimentação equilibrada são fundamentais para prevenir o problema. “O fumo precisa ser evitado”, afirma.


FONTE:
Diário de São Paulo
Data: 02/12/2003

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