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DIRETORIA BIÊNIO 2010-2011 TOMA POSSE


A Diretoria da SBC para o biênio 2010-2011 tomou posse no solene salão nobre da Academia Nacional de Medicina (ANM), a mais antiga associação cultural brasileira, com 180 anos de existência e, em seguida, fez a primeira Reunião de Planejamento Estratégico, para decidir as prioridades dos 11 temas de maior interesse dos associados.

À solenidade, com o auditório lotado, compareceram o presidente da ANM, da Associação Médica Brasileira (AMB), do Conselho Federal de Medicina (CFM), o secretário municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, seis ex-presidentes da SBC, praticamente todos os presidentes das suas estaduais e ainda os diretores dos departamentos e dos grupos de estudos da entidade.

O mestre de cerimônias do evento foi o cardiologista Romeu Meneghello, que deu a palavra inicialmente ao presidente da ANM, Pietro Novellino, que abriu a sessão e passou a direção ao presidente cessante, Antonio Carlos Palandri Chagas. Logo em seguida, Jorge Ilha Guimarães e sua vice-presidente, Márcia de Melo Barbosa, prestaram uma homenagem e entregaram uma placa ao presidente que deixava o cargo, seguindo-se a assinatura do termo de posse.

O primeiro orador foi o presidente da AMB, José Luiz Gomes do Amaral, seguindo-se o presidente do CFM, Roberto Luiz D´Ávila que, como cardiologista que é, se comprometeu a estreitar as relações entre as duas entidades, “que têm muitas questões em comum” e, em seguida, falou Antonio Carlos Palandri Chagas, já como ex-presidente. Ele destacou não apenas as principais iniciativas de sua gestão, como o tamanho do desafio a ser enfrentado pela SBC, na medida em que “o envelhecimento da população prevê aumento de 93% na prevalência da doença cardíaca até 2050”, o que leva à Organização Mundial da Saúde a projetar crescimento da mortalidade de 128% no período.

Destacou os números do Sistema Único de Saúde, que internou em 2009, 1.371.752 pacientes com doenças cardiovasculares, 49,14% dos quais na região Sudeste, e terminou lembrando a imensa responsabilidade do médico, parafraseando os ensinamentos do professor Luiz Décourt.

O presidente Jorge Ilha falou de improviso. Citou as ações de cada um dos presidentes da SBC que o antecederam desde o início da década de 1990 e que nomeou, os quais levaram ao crescimento da entidade, hoje com 12.400 associados, à sua profissionalização, à credibilidade da marca da SBC, à realização de congressos de grande porte, à abertura da discussão sobre a pesquisa cardiológica e à aproximação da sociedade de suas congêneres internacionais.

“Nossa atribuição é principalmente científica”, enfatizou, ao anunciar a criação de um board com todos os departamentos da SBC. Antecipou igualmente o que espera do convênio com a Duke University para fomentar a pesquisa, preparar pesquisadores e facilitar a busca dos financiamentos e, no campo da comunicação, disse que na sua gestão o Jornal SBC será mais interpretativo, agressivo mesmo, mostrando os prós e os contras dos grandes temas cardiológicos, podendo tornar-se até um instrumento de pressão.

“Vamos trabalhar muito na educação continuada”, insistiu, e previu uma sala web dentro da própria SBC e a produção de vídeos próprios, para reforçar essa área e confessou que “a menina dos olhos dessa gestão serão os registros, a serem iniciados a curtíssimo prazo”. Adiantou, porém, que outra missão de grande importância será a inclusão do jovem cardiologista, “que virá renovar nossa sociedade”, e precisa ser atraído, pois muitas vezes fica intimidado diante dos professores e dos eminentes cardiologistas da SBC.

Jorge Ilha falou ainda da relação com o governo, aventou uma aproximação maior com a AMB e com o CFM para, unidos, terem mais força para intervir nas decisões que afetam o Brasil inteiro, pois “no topo da pirâmide social a saúde é extraordinária”, mas a base, as camadas menos aquinhoadas, tem uma saúde muito ruim, garantiu.

O novo presidente elencou suas propostas, não promessas, disse, pois caberiam aos integrantes da reunião estratégica definir as prioridades, as linhas de atuação para a realização de iniciativas como o pretendido Congresso Internacional de Prevenção, a Universidade Corporativa da SBC, voltada para a capacitação de seus funcionários, como o board da indústria, a ser criado dentro da SBC, projetos que poderão ser desenvolvidos à medida que herda uma sociedade muito bem estruturada, com finanças equilibradas e com um corpo funcional gabaritado, fruto da gestão que se encerrava.
 

Leia também: Gestão reúne diretores para traçar planejamento estratégico 2010-2011

 

Fonte: Assessoria de Imprensa
Jornalista Responsável: Luiz Roberto Queiroz

 

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